DOOR

Nesta faixa está toda a delicadeza do indizível. É como um sonho em que tudo dá certo: encontros na hora certa, palavras sem constrangimento, ninguém está ocupado com ninguém e os sentimentos não têm horário. Mas na realidade, tudo é diferente. Alguém já está «com alguém», alguém finge que está tudo sob controlo, mas na cabeça só há uma coisa: «Se tu escrevesses agora... pelo menos num sonho». É como manter os dedos no botão «enviar» e não carregar. Porque, na realidade, o orgulho, as circunstâncias e a t-shirt de alguém no armário impedem. Mas nos sonhos, tudo é como gostaríamos que fosse. E mesmo que seja apenas um sonho, é um daqueles dos quais não queremos acordar.